O que exatamente me diz o MTBF?

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Um dos principais KPI’s indicadores de Manutenção é o MTBF (Tempo médio entre falhas).

Com um cálculo simples conseguimos obter dados relevantes para a Gestão da Manutenção.

O cálculo consiste na seguinte métrica:

 

MTBF = Tempo total em  funcionamento / quantidade de falhas ocorridas no período.

Esse indicador diz muito mais do que o tempo médio entre falhas.

Como assim?

De maneira objetiva ele nos dá elementos que nos permitem tomar decisões estratégicas, mas, será que estamos nos atentando as oportunidades de melhorias que esse indicador  nos mostra?

Vamos pensar da seguinte forma, quanto maior o tempo entre falhas melhor, certo?

Com certeza!

Mas, e se o tempo entre falhas, está curto? Como interpretamos?

E mais do que isso, quais providencias tomamos mediante as evidências?

Algumas empresas  adotam a estratégia de acompanhar o conjunto como um todo apresentam os resultados de MTBF de maneira macro, um gráfico de todos os equipamentos,  e mensuram:  x quantidade de equipamentos e y tempo médio entre falhas , para alguns é algo interessante, porém, essa maneira não nos permite estratificar o problema em sua amplitude e por equipamento, calcular todos os equipamentos juntos pode mascarar a intermitência de um determinado equipamento, além de nos dar as vezes a falsa sensação de que os números de maneira geral não estão tão ruis assim.

Ou seja, fica, difícil tomarmos as providencias visando melhorar a manutenção  especificamente nos ativos que apresentam mais falhas e consequentemente a Gestão da Manutenção não é eficaz.

 

Como podemos aproveitar melhor o que esse indicador tem a nos mostrar?

Quais os benefícios de “ouvir” o que o indicador tem a nos dizer?

 

 

Em meu ponto de vista a melhor forma de monitorar esse indicador é por equipamento, estratificando as falhas apresentadas por cada um.

Ao realizarmos essa análise constataremos quais são as falhas e tipos de falhas mais recorrentes, qual ou quais equipamentos estão apresentando mais falhas e paradas,  se existe uma correlação entre o tempo de uma falha e outra.

A partir daí, verificar se temos um procedimento operacional padrão para essa manutenção, se esse equipamento está classificado corretamente na matriz de criticidade, rever o plano de manutenção do ativo, reavaliar efetividade dos processos de inspeção por exemplo uma vez que  devemos considerar 70% do tempo de MTBF adequado para realizar inspeções  exemplo o equipamento a cada 245 horas apresenta uma falha neste caso a cada 171,5 horas ele deverá passar por uma inspeção ( 245*0,7), avaliar também  se o equipamento está sobrecarregado.

Podemos também implantar ações preditivas e preventivas que monitorem os sintomas e possamos agir antes da falha se manifestar, devemos gerar um plano de ação para cada equipamento visando eliminar a causa raiz da falha apresentada.

Uma atenção muito especial deve ser dada aos casos cuja falha é recorrente, uma análise aprofundada deve ser realizada, e em um prazo estabelecido devemos avaliar a eficácia das ações.

O MTBF assim como todos os outros indicadores de manutenção, devem ser compreendidos e o que eles mostram em números devem ser considerados e estratificados visando ações que gerem melhorias, esse é o sentido de tê-los e monitorá-los.

 

Trabalharmos de maneira proativa fará com que tenhamos resultados melhores, contribuindo diretamente no nível de disponibilidade e confiabilidade para que atinjam outro patamar e estejamos alinhados com os propósitos da empresa no que diz respeito a menos impactos na produção.

Contribua com o tema !

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Sucesso em sua gestão da Manutenção!

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